domingo, 29 de agosto de 2010

Que sou?
















Que sou?
Ou quem sou?
Onde estarei
O que ganharei,
Para onde eu irei?

Já andei, caminhei
Não sei aonde cheguei
É tão longe essa estrada
Me desgasta a caminhada
Estou trôpego,
Corroída a alma

Humanidade
Não dá mais tempo
De ir atrás, é tão tarde!
De ir em busca da verdade

Qual é a próxima ação
Pra quem está de mudança?
Se suas coisas passam
E você fica perdido
Enquanto procura uma razão
Tudo perde o sentido

Sou apenas um subvertido
A espera de uma mão
Com tantos rostos conhecidos
Eu passo despercebido
Como um na multidão

Os ponteiros já caminham
Atirada está a lança
E abaixo do seu arco
É iniciada a dança
Tão veloz e tão certeira
Sua trajetória inexorável
Sua chegada verdadeira

Não lancei aquela seta
Não marquei o seu caminho
Mas não estou a salvo
No seu alcance, sou alvo
Sei que não estou sozinho

Pudesse eu pará-la
Ou descobrir o seu frecheiro
Persuadir-lhe a mão, o arco
Atrasar-lhe o tiro derradeiro

Pudesse eu parar o tempo
Pois com a frecha atirada
Controlaria sua rotina
Saberia sua caminhada

Então determinaria
O que viesse à frente
Reconstruiria objetivos
Avisaria minha gente

E, em atitude derradeira
Escolheria o caminho
Se há uma flecha certeira
Então modelaria o futuro
Apressaria minha carreira

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