sábado, 16 de outubro de 2010

Sérgio Lopes - Para Onde Vão as Aves

Para onde vão as aves

Frente ao mar no crepúsculo eu pude contemplar
Um bando de aves marinhas no último revoar
Iam encontrar o horizonte sem nem se preocupar
Se quando a noite chegasse teriam onde pousar

Meu rumo também era assim
Não ter para onde ir, não ter certeza de voltar
Não saber se tinha onde chegar
Eu queria ir com as aves
E saber onde elas vão chegar

Foi assim pensando que ali eu adormeci
Sonhei que existia uma ilha e o mistério conheci
Quando acordei vi o sol que nascia e logo avistei
Que as aves marinhas voltavam
Cantando mais uma vez

Meu rumo então eu achei
Jesus Cristo eu encontrei
Ele é a ilha onde vou chegar
E se a noite em trevas me deixar
Vou continuar voando
Ele é a ilha onde vou chegar

— Sérgio Lopes

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ozéias de Paula






Nas desilusões da vida
Nos desvanecer dos sonhos
Há sempre uma despedida
Em meio ao cantar tristonho

Há sempre um lenço branco
E um pranto no olhar surgindo
De alguém que ficou no banco
Olhando outro alguém partindo

Mais há sempre uma esperança
Na vida de quem insiste
Em não caminhar tão triste

Na estrada por onde for
Mais há sempre uma esperança
Batendo em nossa porta
Salvando a fé quase morta
Na ressurreição do amor

Na rosa por sobre a terra
Mais que não murchou ainda
A mesma tristeza encerra
Na rima que um verso vinda

Porque quando a rosa murcha
O aroma se desvanecer
Dissolve-se qual a rima
De um verso que alguém esquece

Mais há sempre uma esperança
Batendo em nossa porta
Salvando a fé quase morta
Na ressurreição do amor

(Ozéias de Paula - Álbum "Entrei no Templo")

Existência!



Interpretamos a vida
Fazemos escolhas, tiramos conclusão
Algumas são falsas, é verdade
Mas a verdade é o que acreditamos
Mesmo que vire ilusão

Algumas vezes nos deparamos com a vida
Tristes realidades, não tem como fugir
Parece a vida dizendo: 
Acorde! Só você não enxerga?
Por vezes acordamos
Por outras preferimos dormir
Seja pelo conforto de fuga; 
Seja por não resistir

Todos precisam de uma válvula, momentânea;
Outros viciam nela
Seja por querer o inalcançável; 
Seja por não suportar o óbvio.
Mas a vida está numa tela

Existência! Quem lhe dá sentido?  
Se estamos bem ela tem todo,
Ela é um abrigo!

Mas, pergunta aos infelizes e miseráveis.
Só experimentando seus desencantos para sê-los.
Nem que seja por um momento, 
Sentí-los, compreendê-los.
E fazer como o fez Jó:
Levando a mão à boca, 
Por ter falado sem entendê-lo!
(adaptado do blog "somos mais que vencedores": http://jgsantos22.spaces.live.com/default.aspx)