domingo, 13 de junho de 2010

Andante...




Eu ando, caminho pelo mundo
Meu Deus, que mundo!
Tudo perdido, tudo diferente!
Nada mais tem sentido
Nada mais é perene


Eu ando pelo mundo
Que mundo!
Que rede!
Rede social
Indissociável
Eu procuro um mundo


Que mundo...
Qual mundo seria esse
Eu ando, vagueio
Mas continuo consternado
De que adianta vagar pelo mundo
Se caminhar é estar parado?

Eu corro, atropelo,
Passo na frente
Dessa gente
Desse mundão de gente
Que passa
E, de repente

Para onde vão tantos?
O que esperam de poucos?
Em quem depositam esperança,
Com quem fazem aliança?
Essa gente, esse povo,
Essas andanças

Quero continuar
Não sei pra onde estão indo
E vindo
Mas vejo que não param
São passos frenéticos
Que contrastam
Com desejos poéticos

Aqueles que querem
alguma coisa, um intento
Que procuram alento
Não correm senão
Atrás do vento
Seus sonhos servem
Para alimentar o seu tormento

Aqui dentro eu sinto
Que estou caminhando
E dentro de mim
A angústia
Por saber que não paro
Mesmo não vendo o fim
Tenho certeza de algo
Que não vejo
Mas que está dentro de mim!

continua...