sábado, 18 de setembro de 2010

Salmo 23
















O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos,
guia-me mansamente a águas tranqüilas.
Refrigera a minha alma;
Guia-me pelas veredas da justiça,
por amor do seu nome.
Ainda que eu andasse
pelo vale da sombra da morte,
não temeria mal algum,
porque tu estás comigo;
a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim
na presença dos meus inimigos,
unges a minha cabeça com óleo,
o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade
e a misericórdia me seguirão
todos os dias da minha vida;
e habitarei na casa do SENHOR
por longos dias.
Salmo de Davi

Eu já estive no vale




















Eu já estive no vale
E foi lá que ouvi
Murmúrios, gemidos, lamentos
Senti o uivo do vento
A tinir o ouvido ali dentro

Eu sei o que é o vale escuro
E as suas paredes sombrias
Despenhadeiros, penhascos, e a ânsia
De quem de baixo, não consegue alegria

A espera de uma mão que o arranque
Do desgaste, o alívio, um estanque
Dessa dor, da cruel agonia
De passar uma noite vazia

Sem esperança ao olhar para cima
E divisar apenas céu cinzento
Mas ainda assim acreditar num alento
Por saber que a espera acabaria

Então vê despontar o dia
O clarão, salvação, mão que guia
O Eterno, a resposta que chega
Sem demora, o resgate alivia

E, enfim, de ser livre do vale
Na campina a andar livremente
E rever o renovo, sua gente
Vê que a fé não é algo latente
Mas quem espera naquele que não mente
Chega o dia de ter novamente
Renovada a esperança de um crente.