domingo, 14 de novembro de 2010

Carta ao Todo-poderoso

















A Ti que habitas nas alturas!
A Ti levanto a minha alma!
Tu que me contemplas
Ainda que eu esteja nas profundezas
No fundo do vale

A minha alma tem sede de ti
Pois de Ti vem o refrigério
Para as nossas vidas
Leva-me para um lugar
Onde existem águas tranquilas
Aonde existem pastos verdejantes

Quero beber dos teus rios
Saciar a minha sede de Ti, Oh Senhor!
Pois sei que diante do Teu trono
Há um rio cujas correntes
Alegram a cidade de Deus

Minha alma anela por ti
Como uma terra seca e cansada
Deseja a água
Tu és sol e escudo
Tu és refrigério

Agora sei que o Senhor está comigo
Por isso o meu inimigo não triunfa sobre mim
Agora sei que o Senhor está à minha mão direita
Pois Tu Senhor, és a mão amiga
Que nos tira do vale
Que nos dá força no cansaço
Que nos faz vencer

Sei que chegarei
À cidade celestial
Aquela que jamais se mostrou
A qualquer mortal
Sei que estarei
Às margens do rio da vida
Que é tão real
Quanto aquilo que hoje eu toco

Na verdade
Só o mundo vindouro é real
Porque é eterno
Essa vida é passageira
A dor, o pranto, a tristeza
Não são reais, são passageiros

Aqueles que a muitos ensinam a justiça
Brilharão como as estrelas
Para sempre e eternamente
Eu quero chegar lá
Eu sei que estarei lá
Esse é o meu quinhão
Jesus é a minha sorte
O Senhor é a minha herança!
Maranata!
Ora vem Senhor Jesus!

Poderoso Deus


Diante do Trono

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Coisas da vida


















Olho essa cidade
Tanta coisa prá se ver
Dá prá se perder nesta imensidão
Nessas avenidas
Tanta gente mesmo assim
Dá prá se sentir
Só na multidão

Há tanta coisa que eu não posso compreender
Tantos contrastes que não tem explicação
Olhando em volta tristeza posso ver
Por trás do brilho falso da ilusão
Por entre luzes, cores, sonhos e canções
Gente sem rumo a procura de emoções
Talvez tentando espantar do coração
O medo do futuro e a solidão

Coisas da vida; qual a saída,
Para essa crise de amor?
Há um caminho só um caminho
É Jesus Cristo o Senhor

Carlinhos Félix

sábado, 16 de outubro de 2010

Sérgio Lopes - Para Onde Vão as Aves

Para onde vão as aves

Frente ao mar no crepúsculo eu pude contemplar
Um bando de aves marinhas no último revoar
Iam encontrar o horizonte sem nem se preocupar
Se quando a noite chegasse teriam onde pousar

Meu rumo também era assim
Não ter para onde ir, não ter certeza de voltar
Não saber se tinha onde chegar
Eu queria ir com as aves
E saber onde elas vão chegar

Foi assim pensando que ali eu adormeci
Sonhei que existia uma ilha e o mistério conheci
Quando acordei vi o sol que nascia e logo avistei
Que as aves marinhas voltavam
Cantando mais uma vez

Meu rumo então eu achei
Jesus Cristo eu encontrei
Ele é a ilha onde vou chegar
E se a noite em trevas me deixar
Vou continuar voando
Ele é a ilha onde vou chegar

— Sérgio Lopes

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ozéias de Paula






Nas desilusões da vida
Nos desvanecer dos sonhos
Há sempre uma despedida
Em meio ao cantar tristonho

Há sempre um lenço branco
E um pranto no olhar surgindo
De alguém que ficou no banco
Olhando outro alguém partindo

Mais há sempre uma esperança
Na vida de quem insiste
Em não caminhar tão triste

Na estrada por onde for
Mais há sempre uma esperança
Batendo em nossa porta
Salvando a fé quase morta
Na ressurreição do amor

Na rosa por sobre a terra
Mais que não murchou ainda
A mesma tristeza encerra
Na rima que um verso vinda

Porque quando a rosa murcha
O aroma se desvanecer
Dissolve-se qual a rima
De um verso que alguém esquece

Mais há sempre uma esperança
Batendo em nossa porta
Salvando a fé quase morta
Na ressurreição do amor

(Ozéias de Paula - Álbum "Entrei no Templo")

Existência!



Interpretamos a vida
Fazemos escolhas, tiramos conclusão
Algumas são falsas, é verdade
Mas a verdade é o que acreditamos
Mesmo que vire ilusão

Algumas vezes nos deparamos com a vida
Tristes realidades, não tem como fugir
Parece a vida dizendo: 
Acorde! Só você não enxerga?
Por vezes acordamos
Por outras preferimos dormir
Seja pelo conforto de fuga; 
Seja por não resistir

Todos precisam de uma válvula, momentânea;
Outros viciam nela
Seja por querer o inalcançável; 
Seja por não suportar o óbvio.
Mas a vida está numa tela

Existência! Quem lhe dá sentido?  
Se estamos bem ela tem todo,
Ela é um abrigo!

Mas, pergunta aos infelizes e miseráveis.
Só experimentando seus desencantos para sê-los.
Nem que seja por um momento, 
Sentí-los, compreendê-los.
E fazer como o fez Jó:
Levando a mão à boca, 
Por ter falado sem entendê-lo!
(adaptado do blog "somos mais que vencedores": http://jgsantos22.spaces.live.com/default.aspx)

sábado, 9 de outubro de 2010

Ozéias de Paula

Deus

Deus grandioso ser jamais criado
Princípio e fim não delimitam tua história
Excelso espírito, supremo e iluminado
Pai excelente, santo e puro em áurea glória

Como explicar-te a criatura que é tão breve
Que esculturaste da poeira esquecida
Mas adorar-te é o que se pode e o que se deve
Na gratidão de quem do nada deste a vida

No princípio, era o verbo e o verbo era
Sublime parte de ti mesmo que fluía
E quando alçastes pelo cosmo a grande esfera
Traçaste o plano da perfeita harmonia

Deus na apoteose da verdade
A via láctea estendestes no espaço
E aos turbilhões, constelações de eternidade
Tu colocaste em ornamento dos teus passos

—Ozéias de Paula

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O sonho perfeito II



Você se materializa no meu sonho
E me permite ver-te, conversar
Acreditar que a busca acabou

Momento eterno de felicidade
Instante
Eterno
Não mais momento
Mas eternidade de felicidade

O que seria esse momento?
Imagem congelada, talvez
Perfeito, contudo

O dinâmico perde o sentido
Porque o dinâmico é fugaz
É já não o é mais!
Passageiro,
Como a folha, o vento, o sol
Como você que passa!

Sonho perfeito!
Você fica!
Me entorpece
Me alimenta o estado
Registro eterno, intocado
Momento eternamente registrado

sábado, 18 de setembro de 2010

Salmo 23
















O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos,
guia-me mansamente a águas tranqüilas.
Refrigera a minha alma;
Guia-me pelas veredas da justiça,
por amor do seu nome.
Ainda que eu andasse
pelo vale da sombra da morte,
não temeria mal algum,
porque tu estás comigo;
a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim
na presença dos meus inimigos,
unges a minha cabeça com óleo,
o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade
e a misericórdia me seguirão
todos os dias da minha vida;
e habitarei na casa do SENHOR
por longos dias.
Salmo de Davi

Eu já estive no vale




















Eu já estive no vale
E foi lá que ouvi
Murmúrios, gemidos, lamentos
Senti o uivo do vento
A tinir o ouvido ali dentro

Eu sei o que é o vale escuro
E as suas paredes sombrias
Despenhadeiros, penhascos, e a ânsia
De quem de baixo, não consegue alegria

A espera de uma mão que o arranque
Do desgaste, o alívio, um estanque
Dessa dor, da cruel agonia
De passar uma noite vazia

Sem esperança ao olhar para cima
E divisar apenas céu cinzento
Mas ainda assim acreditar num alento
Por saber que a espera acabaria

Então vê despontar o dia
O clarão, salvação, mão que guia
O Eterno, a resposta que chega
Sem demora, o resgate alivia

E, enfim, de ser livre do vale
Na campina a andar livremente
E rever o renovo, sua gente
Vê que a fé não é algo latente
Mas quem espera naquele que não mente
Chega o dia de ter novamente
Renovada a esperança de um crente.

domingo, 29 de agosto de 2010

Cadê você...

























Eu ainda a procuro
Não desisti
De te achar
Te conquistar
De estar ali

Sei que não se fica só
Não combino com a solidão
Você no meu sonho
Beleza ímpar
Minha cura dessa ilusão

Não a tenho porque não sabes
Sei que ainda esperas,
Irei descobrir-te
Estavas tão perto
E não te via
Só porque o tempo não permitia

Te vejo a refletir
Fina como essa lâmina d'água
Trêmula a sentir a brisa que lhe aviva o rosto
Espelho que te revela etérea, platônica
Perfeita como o meu gosto

Hoje foges
Como tudo que hoje me foge
Mas, se como tudo, desvaneces
Não é porque já é tarde
É que o caos é construto
De uma nova realidade
Reveladora que é
De uma faceta da eternidade

Nesse invólucro onírico
Eu insisto em me fechar
Porque aqui, hermético
Nesse pequeno mundo
Conhecendo o seu fundo
Sei que vou te achar
E continuando contigo
Curando o que está ferido
Voltarei a amar

Que sou?
















Que sou?
Ou quem sou?
Onde estarei
O que ganharei,
Para onde eu irei?

Já andei, caminhei
Não sei aonde cheguei
É tão longe essa estrada
Me desgasta a caminhada
Estou trôpego,
Corroída a alma

Humanidade
Não dá mais tempo
De ir atrás, é tão tarde!
De ir em busca da verdade

Qual é a próxima ação
Pra quem está de mudança?
Se suas coisas passam
E você fica perdido
Enquanto procura uma razão
Tudo perde o sentido

Sou apenas um subvertido
A espera de uma mão
Com tantos rostos conhecidos
Eu passo despercebido
Como um na multidão

Os ponteiros já caminham
Atirada está a lança
E abaixo do seu arco
É iniciada a dança
Tão veloz e tão certeira
Sua trajetória inexorável
Sua chegada verdadeira

Não lancei aquela seta
Não marquei o seu caminho
Mas não estou a salvo
No seu alcance, sou alvo
Sei que não estou sozinho

Pudesse eu pará-la
Ou descobrir o seu frecheiro
Persuadir-lhe a mão, o arco
Atrasar-lhe o tiro derradeiro

Pudesse eu parar o tempo
Pois com a frecha atirada
Controlaria sua rotina
Saberia sua caminhada

Então determinaria
O que viesse à frente
Reconstruiria objetivos
Avisaria minha gente

E, em atitude derradeira
Escolheria o caminho
Se há uma flecha certeira
Então modelaria o futuro
Apressaria minha carreira