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Daniel) by Geração
Maranata on 21-10-2010
por Norbert Lieth
"Setenta
semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para
fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a
iniqüidade, para trazer a justiça eterna, pa¬ra selar a visão e a profecia e
para ungir o Santo dos Santos. Sabe c entende: desde a saída da ordem para
restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e
sessenta e duas semanas, as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em
tempos angustiosos. Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e
já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o
santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações
são determinadas. Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade
da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das
abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determi¬nada, se
derrame sobre ele" (Dn 9.24-27).
Em Daniel 9 encontramos os mais
precisos dados cronológicos proféticos da Bíblia. A primeira vinda de Jesus é
descrita com exatidão, com menção do dia certo em que Ele viria.
Entendo a cronologia, através dessas
datas, veremos que a volta de Jesus deve estar bem próxima.
1. Do que trata o capítulo 9?
Essa passagem fala das setenta semanas
de Israel e, em especial da 70a semana, que terá uma duração de 7 anos.
Tudo o que é descrito nesse capítulo
não tem relação com a história mundial ou com história da Igreja, mas trata
exclusivamente de Israel e de Jerusalém. Ao profeta Daniel, um judeu, é
dito: "Setenta semanas estão determinadas sobre o
teu povo (Israel) e sobre a tua santa cidade (Jerusalém)" (v.24).
Trata-se, portanto, da história que
Deus escreve com Seu povo terreno durante um período de setenta semanas (de
anos). Quando o final da 70a semana tiver sido alcançado, acontecerão seis
coisas, que estão indicadas em Daniel 9.24:
1. "…para
fazer cessar a transgressão…" Isso significa que o Messias virá
e dará um fim à transgressão do Anticristo e do falso Profeta.
2. "…para
dar fim aos pecados… " O Senhor, em Sua
vinda, afastará completamente o pecado de Israel, assim como também está
escrito em Romanos 11.26: "E, assim, todo o Israel será
salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador e ele apartai a Jacó as
impiedades".
3. "…para expiar a
iniqüidade…" Também essa expressão testemunha
da expiação definitiva da culpa de Israel. O Senhor Jesus já expiou a
iniqüidade de Israel há mais de 2000 anos na cruz do Calvário, mas Israel ainda
não reconheceu essa expiação. Ela se tornará realidade para os judeus como
nação apenas quando olharem para Aquele a quem traspassaram (Zc 12.10).
Não foi por acaso que um gentio
proeminente escreveu no alto da cruz de Jesus: "Este é o Rei dos
Judeus" (Lc 23.38), pois Ele carregou a culpa dos judeus. O que
está escrito profeticamente em Isaias 53 será a confissão de culpa dos judeus
quando Jesus voltar, um dia, ao monte das Oliveiras:
"Certamente, ele tomou sobre si as
nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por
aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas
transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (IS 53.4-5).
Neste momento pensamos no'"Yom
Kippur", o Grande Dia da Expiação em Israel. Apenas neste único dia do ano
o sumo sacerdo¬te podia entrar no Santo dos Santos do Tabernáculo ou do Templo.
Levando em suas mãos o sangue dos animais sacrificados, ele desaparecia de
diante dos olhos da multidão reunida no átrio, entrava no Lugar Santo e,
passando pelo véu, entrava no Santo dos Santos aspergindo o sangue sobre e
diante do propiciatório para reconciliar Israel com Deus.
O povo todo ficava esperando lá fora
até o sumo sacerdote voltar. Na bainha das vestes do sumo sacerdote estavam
afixados pequenos sininhos de ouro que balançavam a cada passo. Por isso o povo
sabia, quando o som ficava mais intenso, que o sumo sacerdote havia deixado o
Santo dos Santos e logo estaria saindo pela porta do Lugar Santo até o átrio.
Quando ele aparecia e confirmava ao povo que a expiação havia sido feita, um
brado de grande alegria perpassava a multidão, pois agora eles sabiam: os
pecados de um ano inteiro estavam expiados mais uma vez.
Esse acontecimento anual em Israel era
um exemplo da obra futura de Jesus Cristo. Ele morreu na cruz do Calvário como
o Cordeiro do sacrifício, sem mácula, pelos pecados do mundo todo. Com Seu
sangue Ele entrou no Santo dos Santos de uma vez por todas e já se encontra há
mais de dois mil anos junto do Pai celestial, assentado à Sua direita no trono
de Deus. Em breve terá chegado o tempo em que Ele sairá do Santo dos Santos
celestial e voltará de maneira visível para o mundo todo, trazendo a expiação
para Seu próprio povo.
4. Então Ele também virá "…para
trazer a justiça eterna…" Isto se refere ao tempo em que o
Senhor vai reinar com justiça eterna. Quando Jesus tiver voltado, estabelecerá
Seu Reino de paz de mil anos governando o mundo todo a partir de Jerusalém.
5. "…para
selar a visão e a profecia…" Isso significa que todas as
profecias divinas estarão se cumprindo. Tudo o que Deus disse e mandou anunciar
por meio dos profetas através dos séculos estará sendo cumprido visivelmente
diante dos olhos de todos. Deus é fiel, e cumpre Sua Palavra. Jesus disse: "Passará
o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Mt 24.35).
6. "…e
para ungir o Santo dos Santos." Isso refere-se ao
estabelecimento do Senhor Jesus Cristo como Rei eterno sobre todos os reis e
Senhor dos senhores no novo templo, reconstruído em Jerusalém. Ele se assentará
no "trono de Davi" e regerá o mundo com justiça a partir de
Jerusalém.
Todos os pontos aqui alistados ainda
não se cumpriram para lsrael. O Senhor ainda não voltou, pois Se encontra no santuário
Celestial intercedendo por nós como sumo sacerdote.
Nos versículos seguintes temos a
descrição do tempo (as 70 semanas) em que Israel se põe a caminho em direção ao
alvo que acabamos de descrever. Figuradamente, é como se o Senhor tomasse um
cronômetro em Suas mãos, marcasse uma hora, e o tempo começasse a correr. Ele
diz a Daniel nos versículos 25-26:
"Sabe e entende: desde a saída da
ordem para restaurar e para edifica Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete
semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se
reedificarão, mas em tempos angustiosos. Depois das sessenta e duas semanas,
será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que ha de vir
destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, até ao fim
haverá guerra; desolações são determinadas".
O significado desses versículos pode
ser dividido em oito itens:
1. O "cronômetro" divino que
marca as setenta semanas para Israel começou a contar a partir do momento em
que foi publicado o decreto que permitia aos judeus reconstruírem a cidade de
Jerusalém "Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar
Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas (sete semanas de anos).
Isso já se cumpriu
2. Até que veio o Ungido – Jesus Cristo
– foram mais 62 semanas: "…e sessenta e duas semanas…" Também isso se cumpriu.
3. Então, "…depois
das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará", portanto, depois de um total de 69 semanas (7
+ 62 = 69 semanas) o Ungido seria morto e já não estaria mais sobre a terra.
"Ser morto", assassinado, indica a morte cruel que Jesus sofreu pela
crucificação. Ele já não estava mais em Israel. Também isto se cumpriu. Em
Isaías 53.8-9 lemos em relação à morte do Ungido:
"Por juízo opressor foi arrebatado,
e de sua linhagem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes;
por cau-sa da transgressão do meu povo, foi ele ferido. Designaram-lhe a
sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca
fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca".
4. Em Daniel 9.26 está escrito ainda: "…e
o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu
fim será num dilúvio…" Esse "povo de um príncipe que há de
vir" é uma alusão aos romanos que destruíram
a cidade de Jerusalém e o santuário (o templo) no ano de 70 d.C. Também isto se
cumpriu.
5. Longo tempo depois, terá início a
última semana, a septuagésima, que ainda falta se cumprir. E agora vem o
próprio príncipe (o Anticristo). Se "o povo de um
príncipe" no passado foram os romanos (império romano) que destruíram Jerusalém e
o templo, no fim dos tempos o reino romano restabelecido será o povo de onde
virá o príncipe (o Anticristo) de Daniel 9.26. Isso ainda não se cumpriu, mas
está próximo de seu cumprimento.
6. Acerca do Anticristo, Daniel 9.27
diz: "Ele
fará firme aliança com muitos, por uma semana". Isso quer dizer que o líder do reino romano restaurado se unirá a
Israel através de uma aliança de paz de sete anos – na última das setenta
semanas da profecia de Daniel.
7. "Fará
cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o
assolador…" Isso significa que, no meio da última semana (que durará 7 anos),
portanto depois de três anos e meio, o Anticristo quebrará a aliança que firmou
com Israel. Por quê? Porque a respeito desse "homem da impiedade"
está escrito que ele "se opõe e se levanta
contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no
santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus" (2 Ts 2.4).
Neste momento Israel irá reconhecer que
o Anticristo não é o Messias, e o rejeitará. Com isso estará rompida a aliança
entre o Anticristo e Israel. Então virão os últimos três anos e meio, a Grande
Tribulação propriamente dita, o "abominável da desolação", do qual o
Senhor Jesus também falou em Seu Sermão Profético, por exemplo em Mateus 24.15: "Quando,
pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar
santo (quem lê entenda)".
Depois destes três anos e meio as
setenta semanas estarão cumpridas para Israel, o "cronômetro" pára, o
céu se abre e o Senhor da Glória vem para salvar Israel e destruir o Anticristo
"até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele"
(v.27).
Então, em seguida se cumprirá aquilo
que já vimos no versículo 24.
Entre a 69a e a 70a semana havia um
segredo, um mistério ainda não revelado aos profetas da Antiga Aliança: a era
da Igreja de Jesus, um tempo que Deus intercalou e que já dura quase 2.000
anos. Quando houver entrado "a plenitude dos gentios" (Rm
11.25), acontecerá o Arrebatamento da Igreja de Jesus dando início aos últimos
sete anos, ou seja, a 70a semana de Daniel se inicia para Israel.
2. Cronologia dos eventos proféticos
Até aqui tudo se cumpriu como foi
profetizado. Falta apenas a última, a 70a semana de sete anos.
3. Quão próximos estamos da 70a
semana, a Grande Tribulação?
Primeiro devemos nos perguntar: de onde
sabemos que a era da Igreja está terminando, que ela será arrebatada e que os
últimos anos outra vez dizem respeito a Israel?
Em nossos dias também existem cálculos
de diversos tipos, que devem ser levados a sério, e todos eles se referem ao
tempo em que vivemos. Mas sabemos que precisamos ter muito cuidado e que não
podemos confiar plenamente nesses cálculos. Ninguém sabe o dia nem a hora (Mt
24.36; 25.13)! Mas podemos confiar plenamente na Bíblia. Ela faz uma diferença
entre espaço de tempo e momento (grego: kairos e chronos).
Não sabemos o momento do Arrebatamento,
o dia e a hora. Mas podemos conhecer em que período de tempo ele vai acontecer,
e é a esse período de tempo que devemos prestar atenção. O próprio Senhor Jesus
disse:
"Ora, ao começarem estas coisas a
suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; pois que a vossa redenção se aproxima"
(Lc 21,28).
Em relação aos sinais dos tempos Ele
exortou dizendo:
"Sabeis, na verdade discernir o
aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos?" (Mt 16.3).
É como em um parto: o momento exato
ninguém sabe, mas sabe-se a época aproximada em que o bebe vai nascer. Uma
gravidez normal dura nove meses. Quando uma mulher se encontra no nono mês de
gravidez, seu marido não lhe dirá: "Ainda temos muito tempo! Pode demorar
mais alguns meses até que o nosso filho nasça!". Não, com certeza marido nenhum
faz isso. Assim nós também podemos saber que nosso mundo está
"grávido", maduro para o juízo, baseados em um sinal muito claro do
fim dos tempos:
1. O maior e mais claro sinal do fim
dos tempos é Israel. Jesus Cristo falou com muita clareza da figueira (Israel)
como sendo o mais óbvio de todos os sinais antes de Sua Volta. Em Mateus
24.32-34 Ele diz:
"Aprendei, pois, a parábola da
figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, "sabeis
que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas,
sabei que está próximo, às portas. “Em verdade vos digo que não passará esta
geração sem que tudo isto aconteça ".
Muito já foi discutido no sentido de
descobrir o que o Senhor queria dizer com "esta geração não
passará". Entendemos que essa expressão pode significar não apenas a
geração do povo de Israel daquela época, que já passou há muito tempo.
Também o Senhor não pode ter se
referido ao povo de Israel como tal, pois é um fato profético que o povo de
Israel precisa ficar preservado até a volta do Senhor, senão Ele não poderia
salvar essa nação das mãos de seu maior e último inimigo, que será o
Anticristo.
Resta apenas uma alternativa: o Senhor
fala claramente dos tempos finais e daqueles que vão passar por esse tempo.
Isso significa, portanto, que a geração
que vivenciou a restauração de Israel ("Aprendei, pois, a parábola da
figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam…"), também será a geração que passará pela Grande Tribulação e vivenciará
a volta de Jesus.
Para isto existe uma passagem paralela
no Antigo Testamento, em Ezequiel 36, onde o Senhor fala através do profeta:
"No dia em que eu vos purificar de
todas as vossas iniqüidades, então, farei que sejam habitadas as cida¬des e
sejam edificados os lugares desertos. Assim diz o Senhor Deus: Ainda nisto
permitirei que seja eu solicitado pela casa de Israel: que lhe multiplique eu
os homens como um rebanho. Co¬mo um rebanho de santos, o rebanho de Jerusalém
nas suas fes¬tas fixas, assim as cidades desertas se encherão de rebanhos de
homens; e saberão que eu sou o Senhor" (vv.33,37-38).
Nós – nossa atual geração – vemos Israel
reconstruindo cidades, enchendo-se de gente e seu deserto florescendo!
Portanto a volta de Jesus para perdoar
os pecados de Israel deve estar muito próxima, pois as profecias dizem
respeito, como podemos ver com nossos próprios olhos, aos tempos de hoje!
Fazendo as contas a partir de 1948
(fundação do Estado de Israel) ou de 1967 (reconquista de Jerusalém por Israel)
- "Em
verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça" – então temos toda razão e a obrigação de nos perguntar se o
cumprimento dessa profecia não poderia acontecer em breve.
Fonte: Livro “As Profecias de Daniel”
de Norbert Lieth
out 14
2010
Filed Under (Daniel) by Geração
Maranata on 14-10-2010
No livro de Daniel capítulo 8,
pode-se ter uma noção do quanto a Palavra de Deus é confiável. Nesse capítulo
podemos ver o cumprimento das profecias bíblicas, e esse cumprimento é
simplesmente mais uma prova da existência de Deus e um desafio para se crer nEle.
O próprio Deus desafia a humanidade quando diz:
"Quem há, corno eu, feito predições
desde que estabeleci o mais antigo povo? Que o declare e o exponha perante mim!
Que esse anuncie as coisas futuras, as coisas que hão de vir! Não vos
assombreis, nem temais; acaso, desde aquele tempo não vo-Io fiz ouvir, não
vo-Io anunciei? Vós sois as minhas testemunhas. Há outro Deus além de mim? Não,
não há outra Rocha que eu conheça" (Is 44.7-8).
Está à procura de alguém em quem é
possível confiar plenamente? Então você pode se dirigir a Jesus, pois Ele é
real! Para fazer de Deus a nossa Rocha precisamos crer nEle, pois apenas saber
de Sua existência não é o suficiente. Devemos crer e confiar! Deus sempre
cumpre o que promete!
O Senhor diz que somente aquele que
faz predições detalhadas é verdadeiramente Deus. E Sua pergunta: "Há
outro Deus além de mim?" Ele próprio responde dizendo:"Não
há outra Rocha que eu conheça ".
Existem dois grupos de pessoas:
1) Um dos grupos questiona, duvida e
critica tentando honestamente chegar à verdade. Com essas pessoas pode-se
dialogar, pois elas estão à procura de respostas às suas perguntas, e pela
graça do Senhor elas chegam ao conhecimento de Jesus e crêem nEle para
Salvação.
2) Mas existem pessoas que perguntam,
questionam, criticam e duvidam por duvidar, na verdade não estão preocupadas em
conhecer a Verdade. Com essas pessoas é difícil dialogar, pois não querem ajuda
real e não se convencem da verdade, mesmo quando apresentada com toda a
clareza.
Um panorama resumido do cumprimento
da profecia bíblica
Daniel encontrava-se na cidadela de
Susã e recebeu uma visão de animais, retratando o desenvolvimento da história
mundial.
O carneiro
"Então, levantei os olhos e vi, e
eis que, diante do rio, estava um carneiro, o qual tinha dois chifres, e os
dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro; e o mais alto subiu
por último. Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e
para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir, nem havia quem pudesse
livrar-se do seu poder; ele, porém, fazia segundo a sua vontade e, assim, se
engrandecia" (vv.3-4).
Daniel não sabia o que significava
tudo aquilo, mas recebeu a explicação junto com a visão:
"Havendo eu, Daniel, tido a visão,
procurei entendê-la (ele abriu seu coração e procurou entender a verdade), e
eis que se me apresentou diante uma como aparência de homem (a resposta divina
às suas dúvidas já estava chegando). E ouvi uma voz de homem de entre as
margens do Ulai, a qual gritou e disse: Gabriel, dá a entender a este a visão.
…Aquele carneiro com dois chifres, que viste, são os reis da Média e da
Pérsia" (vv. 15-16,20).
Em linguagem simbólica, temos aqui a
figura de um carneiro com chifres desiguais, que a explicação divina diz ser o
reino medo-persa. O que admira é sua descrição detalhada no versículo 3: "…um
carneiro, o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais
alto do que o outro; e o mais alto subiu por último." O que fascina nessa descrição é o cumprimento histórico detalhado e
exato dessa profecia. O chifre pequeno, que veio antes, é uma figura do império
medo, e o segundo chifre, que veio depois, é uma ilustração da Pérsia. Essas
imagens se juntam e formam um grande reino de abrangência mundial. Mesmo que a
Pérsia tenha se tornado poderosa depois da Média (no ano 559 a.C), ela superou
em muito os medos. A Pérsia expandiu seu reino com seu exército gigantesco de
mais de dois milhões de soldados para o ocidente, para o norte e para o sul. O
Senhor já havia profetizado essa expansão, e tudo cumpriu-se literalmente no
decorrer da história.
O bode
"Estando eu observando, eis que um
bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; este bode
tinnha um chifre notável entre os olhos; dirigiu-se ao carneiro que tinha os
dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo
o seu furioso poder. Vi-o chegar perto do carneiro, e, enfurecido contra ele, o
feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe
resistir; e o bode o lançou por terra e o pisou aos pés, e não houve quem
pudesse livrar o carneiro do poder dele" (vv.5-7).
A explicação dessa profecia é
encontrada no versículo 21: “… bode peludo é o rei da Grécia…". É fantástico ver que o anjo, que transmitiu a Daniel o significado da
visão, chama a terra simbolizada pelo bode de Grécia. O que é tão especial
nesse fato? No do reino medo-persa ainda poderíamos encontrar uma explicação
lógica, pois Daniel ainda vivenciou o início do estabelecimento desse reino.
Mas o que chama a atenção nessa profecia sobre a Grécia é que ela foi feita aproximadamente
200 anos antes que esse país surgisse no cenário mundial. E a profecia
cumpriu-se nos mínimos detalhes.
Na ocasião em que a profecia foi
feita, ninguém nem sequer imaginava que a Grécia poderia entrar em cena. Com
certeza muitos nem sequer sabiam onde se localizava esse país.
Voltando a atenção aos detalhes que
foram preditos 200 anos antes:
a) "Este
bode tinha um chifre notável entre os olhos" (v.5). Quem é esse chifre? "…é o rei da
Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei" (v.21). Quem foi o primeiro grande rei da Grécia? Alexandre o
Grande! Ele era pequeno de estatura (apenas 1,55m), mas era chamado de "o
Grande" porque seu reino era enorme.
b) "Estando
eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra (pela história sabemos que Alexandre
veio do ocidente com um exército pequeno e muito rápido), mas
sem tocar no chão (em poucos anos Alexandre
conquistou a Ásia Menor, a Síria, o Egito, a Mesopotâmia e depois os países até
a Índia. Isso nunca havia acontecido em toda a história); este
bode tinha um chifre notável entre os olhos; dirigiu-se ao carneiro que tinha
os dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com
todo o seu furioso poder" (correu contra os persas, pois
estes haviam tomado dos gregos duas cidades próximas a Atenas nas batalhas de
Maratona e Salamis). “Vi-o chegar perto do carneiro, e,
enfurecido contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois não havia
força no carneiro para lhe resistir; e o bode o lançou por terra e o pisou aos
pés, e não houve quem pudesse livrar o carneiro do poder dele" (vv.5-7).
Foi assim que a Grécia, sob o comando
de Alexandre o Grande, venceu o império Medo-Persa.
c) "O
bode se engrandeceu sobremaneira; e, na sua força, quebrou-se-lhe o grande
chifre (Alexandre o Grande), e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis,
para os quatro ventos do céu"(v.8). Isso também é confirmado pela história. Alexandre o Grande realmente morreu
subitamente na Babilônia no auge de seu poder, tinha apenas 32 anos de idade.
Muitos afirmam que ele morreu de malária e das conseqüências do alcoolismo,
outros dizem que foi envenenado. De qualquer maneira, o grande imperador morreu
e “em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para
os quatro ventos do céu".
Encontramos a explicação no versículo
22: "o ter sido quebra¬do, levantando-se
quatro em lugar dele, significa que quatro reinos se levantarão deste povo, mas
não com força igual à que ele tinha." E de fato,
lendo hoje os livros que contam a história daquela época, nos deparamos com
Alexandre, o Grande, que não teve filhos e cujo reino foi repartido entre
quatro de seus generais após sua morte, o que é simbolizado pelos quatro
chifres da visão do Daniel.
1. Ptolomeu recebeu o Egito e partes
da Ásia Menor.
2. Cassandro recebeu territórios na
Macedônia e na Grécia.
3. Lisímaco recebeu a Trácia e partes
ocidentais da Ásia Menor.
4. Seleuco recebeu a Síria, a
Mesopotâmia e Israel.
Esse reino grego foi dividido em
quatro partes e jamais voltou a ter o mesmo poder que tinha sob Alexandre.
E tudo isso foi profetizado 200 anos antes!
"Quem há, corno eu, feito predições
desde que estabeleci o mais antigo povo? Que o declare e o exponha perante mim!
Que esse anuncie as coisas futuras, as coisas que hão de vir! (Is 44.7).
Mas a história continua.
O chifre pequeno
"De um dos chifres saiu um chifre
pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra
gloriosa. Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das
estrelas lançou por terra e os pisou. Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do
exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado
abaixo. O exército lhe foi entregue com o sacrifício diário, por causa das
transgressões; e deitou por terra a verdade e o que fez prosperou."
(vv.9-12)
Esse texto fala do tristemente famoso
imperador Antíoco Epifânio. Ele merece uma longa descrição no texto
bíblico, pois é uma ilustração profética do Anticristo que virá no
fim dos tempos.
Devemos ter em mente que as
afirmações referentes a Antíoco Epifânio foram feitas com aproximadamente 380
anos de antecedência. Ele chegou ao poder em 175 a.C. Tudo o que foi escrito a
seu respeito é confirmado integralmente pela história. Ele é o "chifre
pequeno" oriundo de um dos quatro reinos já mencionados, que
surgiram da divisão do reino de Alexandre o Grande, da região de Seleuco, a
quem pertencia a Síria, Mesopotâmia e Israel. Mais tarde ele subjugou o sul
(Egito), o leste e a terra gloriosa (Israel) (v.9).
Ele praticou uma abominação nunca
vista no lugar Santíssimo do templo judeu. Ele próprio se intitulava Antíoco
Epifânio (“o iluminado"). Os judeus chamavam-no de Antíoco Epimano (“o
louco") por seus atos desvairados, e ele morreu como demente.
Leiamos mais uma vez a descrição de
seus atos na Bíblia Viva:
"Chegou a desafiar o Comandante do
exército do Céu, interrompendo os sacrifícios que eram oferecidos diariamente a
Deus e manchando a pureza do seu templo. Apesar desses pecados terríveis, Deus
não deixou o exército do Céu castigar o chifre. O resultado disso foi que a
verdade e a justiça desapareceram e a maldade se espalhou" (vv.11-12).
- Durante seu reinado os judeus
estavam proibidos de obedecer à Lei;
- Eles não podiam guardar o sábado;
- Seus filhos não podiam ser
circuncidados;
- Suas festas anuais foram proibidas;
- Os sacrifícios foram banidos, e em
seu lugar foram levantados altares a deuses estranhos em Jerusalém e oferecidos
sacrifícios impuros;
- Os judeus foram obrigados a comer
carne de porco;
- E o auge aconteceu a 16 de dezembro
de 167 a.C.. Ele mandou fazer uma estátua de abominação e erigiu no altar do
holocausto um altar para Zeus Olimpo, mandando sacrificar sobre ele um porco.
Milhares e milhares de judeus
morreram da forma mais cruel por terem resistido às leis de Antíoco Epifânio.
Ele morreu demente no ano de163 a.C. na Pérsia.
Na declaração do Senhor – acerca da
duração da abominação desoladora – vemos mais uma vez o quanto a Palavra de
Deus é digna de confiança:
"Depois, ouvi um santo que falava;
e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício
diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o
exército, a fim de serem pisados? Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes
e manhãs; e o santuário será purifica¬do" (vv. 13-14).
O anjo falou que duraria "até
duas mil e trezentas tardes e manhãs". É provável que não signifique 2300 dias, pois a afirmação refere-se ao
sacrifício diário. E em Israel se sacrificava duas vezes ao dia, no sacrifício
matutino e no vespertino, e isso perfaz 1150 dias (2300 sacrifícios = 1150
dias).
Esse é o tempo exato da profanação do
templo, de 16 de dezembro de 167 até o momento em que o templo foi renovado por
Judas Macabeu no final de 164 a.C até o início de 163 a.C, quando ele
restabeleceu os sacrifícios judaicos. Judá reconquistou sua liberdade
religiosa. O tempo determinado cumpriu-se literalmente!
Esse é um resumido panorama do
cumprimento das profecias bíblicas que encontramos no capítulo 8 de Daniel.
Livro pesquisado: "As Profecias
de Daniel" de Norbert Lieth